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Em junho a equipe da Olga Ri embarcou numa viagem a campo para conhecer o projeto Floresta Viva

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Em junho a equipe da Olga Ri embarcou numa viagem a campo para conhecer o projeto Floresta Viva, aquele que veio a ser nosso primeiro fornecedor de produtos agroflorestais. No caso, palmitos, que servirão de insumo para nossas saladas e para o creme de palmito pupunha que lançamos neste inverno.

 

 

 

O projeto Floresta Viva fica em uma fazenda perto do município de Jacupiranga, a 200 km da capital paulista, no sudeste do estado. Lá, na Fazenda São Pedro, o Ary, junto com seus irmãos, implementou um ambicioso projeto de cultivo de mais de 200 hectares de palmito agroflorestal. Quando os irmãos adquiriram a fazenda, no começo dos anos 2000, a maioria das terras eram de pastos degradados pelo uso intensivo da pecuária. Hoje, o sistema agroflorestal implantado ali transformou esses pastos em terras produtivas e produtoras de um produto de excelência nutricional e fortíssimo apelo ambiental.

Saímos por volta de 7h00 de São Paulo e pegamos a BR 116, conhecida neste trecho como Régis Bittencourt, e em pouco mais de duas horas, estávamos em Jacupiranga, de onde seguimos para a fazenda São Pedro. Fomos recepcionados por Ary, CEO da fazenda e cabeça do projeto, e suas duas cachorras da raça pastor alemão, que apesar do porte, eram dóceis e brincalhonas.

Como nossa agenda era apertada, tomamos um café fresquinho e logo já iniciamos o papo com Ary para ouvir dele, de onde tinha surgido a ideia de apostar num projeto Agroflorestal em um país onde a monocultura e o sistema convencional é tão predominante . Para nossa surpresa, Ary não é agrônomo, mas sim arquiteto e com uma longa trajetória de produção cinematográfica, produzindo séries e até curta metragens. Ficamos ainda mais curiosos para entender como ele e seus irmãos haviam entrado para o agronegócio, e por que eles tinham escolhido nadar contra a corrente e apostar no sistema inovador e ao mesmo tempo desafiador.

Depois do papo e de gravarmos alguns vídeos onde Ary contava um pouco da história do Floresta Viva e dos conceitos de Agrofloresta, fomos ver na prática como aquela ideia funcionava, então pegamos a camionete e partimos em direção ao Palmital da Fazenda São Pedro. Para nossa sorte, estava bastante sol e o clima ameno, muito diferente do céu cinza e fechado de São Paulo, o que nos ajudou bastante a captar belas imagens e ver toda beleza daquela fazenda tão peculiar. Alguns minutos depois finalmente chegamos naquilo que fomos conhecer, um sistema Agroflorestal operante e produzindo à toda. Palmito, banana, mamão, mogno, capim e algumas espécies de legumes, tudo junto e misturado, da maneira que a gente gosta. Uma verdadeira floresta, um ecossistema complexo, cheio de vida, muito diferente das fazendas tradicionais, verdadeiros mares de milho, soja ou cana de açúcar, que apesar de lembrar um mar, são verdadeiros desertos de biodiversidade.

Nosso anfitrião foi nos mostrando diferentes estágios do sistema, desde os mais recentes até os mais consolidados, e durante o trajeto foi compartilhando conosco todos os percalços percorridos até que eles conseguissem chegar numa equação que tem funcionado tanto econômica quanto ambientalmente. Quem vê o projeto Floresta Viva hoje, nem imagina o tanto de esforço investido pelo Ary e todos os envolvidos para que ele bem sucedesse, e todo o esforço e paixão que eles ainda colocam todos os dias nessas terras.

Após terminarmos a visita ao Palmital, seguimos para a fábrica onde os palmitos são processados, beneficiados e finalmente envasados nas suas diferentes formas e formatos.. Mais alguns minutos no carro e chegamos numa moderna planta onde toda a mágica acontece. O palmito chega in natura, e sai dali envasado e em conserva, pronto para ser consumido por nós e vários outros consumidores. É muito interessante ver e poder entender onde começa e qual o resultado final de um produto, como no caso o palmito, e fazer a associação direta daquilo que consumimos com a maneira que é produzido, pois muitas vezes, os milhares de quilômetros que separam as prateleiras do mercado com o campo, fazem com que percamos a dimensão do que consumimos e de como as coisas são feitas, por quem, e a que custo sócio-ambiental.

Estamos num esforço de aproximar os consumidores dos nossos produtos das suas origens e claro, de apostar na melhor origem possível dos insumos das nossas saladas, bowls, sopas e todos os produtos que disponibilizamos para nossos clientes, e pra gente, a melhor maneira de fazer isso, é contar a história de nossos parceiros, afinal, ninguém melhor do que quem produz essas maravilhas, para contar essa história.

Na Olga Ri, temos a ideia de que comida boa é aquela que é boa para quem produz, para quem consome e para o meio-ambiente, pois se algum desses pilares estiver prejudicado, então ela não é boa de verdade, por isso, seguiremos em nossa busca por parceiros que contemplem nossos valores.