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Quer ser feliz? Faça o que eu faço

Olga Ri

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Fred, Tito, Negão, Trovão, Jack e Princesa, esses são alguns dos cachorros que vivem no abrigo do Wlad. Localizado em Paraisópolis, a casa conta com mais de 75 cães. Wlad que sempre foi apaixonado por cachorro conta que o amor vem da infância , “vira e mexe resgatava um”.

O abrigo que possui mais de 6 anos de história, começou de um jeito um tanto quanto inusitado. “Tenho um terreno grande aqui, são mil metros quadrados, era a casa dos meus pais e comecei a pegar alguns cachorros dos meus amigos para cuidar. Era tipo um hotelzinho”.

O amor por animais que é percebido de longe, faz parte da família inteira e em tom de satisfação Wlad explica que o abrigo surgiu após a iniciativa de seu filho Anderson. “Ele começou a cuidar dos cachorros e os protetores do morumbi pediram vagas para deixar os resgatados por aqui”. Wlade complementa que com o tempo seu filho preferiu mudar o abrigo para um sítio, visando diminuir um pouco os custos mensais, “atualmente ele oferece moradia para mais de 150 cães”.

Nesse momento, todos os cachorros do abrigo precisavam de um novo lar e Wlad que sempre teve um emprego registrado em carteira de trabalho se sentia cansado da mesma rotina, “as pessoas começaram a pedir que eu ficasse com os cachorros na casa dos meus pais, e eu tinha muita vontade de tornar isso em realidade”.

Aos poucos eles foram chegando, um, dois, três, quando Wlad se deu conta já somavam mais de trinta. Dentro do abrigo, as coisas funcionam de um jeito bem simples, Wlad conta com a ajuda e apoio dos padrinhos, voluntários e resgatadores. Se você encontra um cachorro na rua e não tem onde deixar, ele pode ser encaminhado para o abrigo, a taxa é de R$250,00 “é um valor baixo, é uma diária em um hotel especializado”.

Para garantir a saúde e bem estar dos cães, o abrigo possui convênio com uma clínica, “compro todas as vacinas e faço por aqui mesmo, tem uma veterinária que me acompanha em todo processo e carimba as carteirinhas, a clínica faz a parte de castração e cirurgias complexas”.

Desde que Wlad passou a viver do abrigo alguns obstáculos surgiram, “a gente não consegue pagar todas as contas, sem a ajuda dos padrinhos eu não conseguiria cuidar dos meus cachorros”. Dentre os 75 cães que vivem no abrigo, um pouco menos da metade foram resgatados por ele, “ o sentimento é o melhor possível, é um trabalho que deixa a gente feliz e realizado”.

“Eu sofria depressão, tomava remédio controlado. Depois que comecei a mexer com os cachorrinhos nunca mais sofri com isso, realmente encontrei um propósito de vida, eles me dão muito carinho”.

A rotina de trabalho do Wlad envolve muita dedicação e comprometimento, “é muito gostoso de fazer e bem cansativo, além disso, você precisa abdicar de algumas coisas, vida social, viagem”.

O dia do Wlad começa o mais cedo possível, “assim que o dia amanhece os cachorrinhos já começam a acordar, e eu também”. O abrigo é dividido em baias, em cada uma delas tem entre 15 e 20 cachorros. “Temos as baias divididas, a baia dos idosos, dos médios e baia dos mais agressivos que ficam separados”.

A primeira atividade do dia é realizar a limpeza de cada baia, “o terreno é em declive e começamos de cima. Logo após, entramos com a parte de medicação, tem cachorros que tomam de 12h em 12h”. Por último, é a vez da alimentação e depois o ciclo se repete. “Na parte da tarde, faço a parte de clínica, marco os horários, raio x e castração.

Com a chegada dos voluntários, Wlad tem conseguido organizar o abrigo e dividir as tarefas, “eles vêm para dar banho, é um trabalho muito complexo, é preciso conhecer o cachorro”.

“Eu tenho 75 cachorros e sei o nome de todos, a pessoa que chega aqui, em menos de um mês, não consegue pegar tudo isso, então não posso falar: vai lá na baia dos pequenos e pega o Cookie. A pessoa não sabe quem é o Cookie. Isso exige muito da gente, mas a longo prazo vai ser essencial”.

Além da ajuda recebida dos voluntários, resgatadores e padrinhos, o abrigo possui uma iniciativa de reciclagem de tampinhas de garrafa e tudo isso é revertido para a manutenção e cuidados com o local.

Por isso, o abrigo do Wlad busca mais seguidores, “estamos em busca de mais ajuda”. Atualmente, todo dinheiro que “sobra” é destinado a obra “o abrigo precisa de manutenção, o cachorro destrói o portão, a própria urina deteriora o piso”.

Além disso, o abrigo conta com parceria de algumas poucas empresas, entre elas a Olga Ri. As doações de alimentos são realizadas diariamente, o time do abrigo consome as saladas e distribui para algumas pessoas de Paraisópolis, oferecendo para parte da comunidade mais do que o cuidado com os animais.

Wlad, que possui o sonho de montar um instituto para animais, explica: “sempre tive vontade de montar algo maior, mais significativo, sigo construindo aos poucos”. E deixa uma mensagem para você, cliente Olga Ri “quer ser feliz? faça o que eu faço”.

Para ajudar ou saber mais, entre em contato pelo instagram: @abrigodowlad